segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

?Duvidas?



(...)" Acabavam de festejar as bodas de ouro e não sabiam viver, nem um momento, um sem o outro, nem sem pensarem um no outro, e cada vez sabiam menos à medida que se agravava a velhice.
Nem ela nem ele podiam dizer se essa independência recíproca se fundia no amor ou na comodidade, mas nunca se tinham interrogado com a mão sobre o coração, porque, desde sempre, ambos preferiam ignorar a resposta."

Este é um pequeno excerto do livro de Gabriel Garcia Márquez, O amor nos tempos de cólera, que quis partilhar com vocês.
Tem muito tempo que esta questão intriga-me. Por dois motivos em particular, por ser já muito raro encontrar casais que estejam juntos a tantos anos (tendo em conta que actualmente a média dos casamentos em Portugal é de 14 anos) e porque, sempre me questionei sobre a longevidade destes casamentos.
Não deixo de me surpreender quando coloco esta duvida, mesmo a pessoas jovens, responderem-me que o que une estes casais, é o amor.
Ouvir isto, na minha perspectiva de ver as coisas, soa-me sempre a uma certa inocência infantil que mantemos desde o tempo em que ouvíamos histórias de do género: Era uma vez...e foram felizes para sempre!!!
Afinal, quem é que em criança não ouviu histórias de sonho e fantasia? Onde os maus eram exemplarmente punidos, os heróis recompensados e a princesa e e principie felizes para todo o sempre!!
Eu adorava-as!!!
Só que a medida que fui crescendo, fui dando conta, que eram apenas histórias. Que a vida real era assim ligeiramente diferente da tão maravilhosamente ilustravam nestes livros.
Adianto desde já, que não vivenciei nenhuma experiência familiar traumática (dado que os meus pais estão casados à quase 30 anos), e muito menos amorosa!!
Apenas para mim, tudo é efémero. Nada dura para sempre!!!! E como tal, o amor, é uma realidade efémera como qualquer  outra.
A humanidade nasce, desenvolve-se e morre e parece-me pacífico que no geral as pessoas aceitam isto.
No entando, existe uma relutância em acreditar que o amor, tal como, a felicidade, são estados emocionais temporários.
A única forma de amor incondicional e intemporal que aceito como possível é a relação entre alguns pais e filhos. Pelo simples motivo, que nestes elos de ligação, não existe nada racional que consiga explicar este tipo de relação, a não ser a existência de um amor que pela sua grandeza e força é eterno.
Isto para dizer, que numa relação amorosa longa, o amor transforma-se noutro tipo de sentimentos. Como o companheirismo, cumplicidade, o respeito e a amizade. E que são tão ou mais importantes que o amor inicial que os uniu.
Mas isto, é só a minha percepção da realidade, a vida pode ainda mostrar-me que estou errada.Todavia, a sabedoria só nos chega quando já não nos serve para nada"

Ate Breve**

sábado, 16 de janeiro de 2010

2.º Aniversário!!

Faz hoje dois anos desde que este blogue nasceu! 

Lembro-me que estava extremamente frustrada nessa altura. Era época de exames e isso só por si, já seria motivo suficiente para a minha frustração!!!! Mas lembro que foi uma época de grandes mudanças e transformações na minha vida...e se há coisa que não consigo lidar com naturalidade é a mudança. Tenho  uma enorme dificuldade em me habituar a elas.
E este blogue abriu-me os horizontes para um mundo completamente desconhecido para mim. 
Funcionou e continua a funcionar como um escape que necessito para me refugiar da realidade. 
A verdade, é que sempre me senti fascinada por ter um mundo paralelo, talvez porque sempre me senti diferente. E não falo fisicamente...porque nesse campo todos o somos,de uma forma ou de outra. Mas no que concerne à percepção da realidade. 
Cedo apercebi-me que a minha opinião, era normalmente contrária à de todos os outros. Facto esse que nunca me inibiu de continua a partilhar as minhas ideias...mas deixou-me marcada com um sinal luminoso de "ser do contra"!!!!!!!!
Por isso, aqui é a minha opinião que prevalece. É a minha visão particular do mundo que partilho com vocês. 
Nunca deixei no entanto de aceitar posições contrárias aos meus post's. Até porque, qualquer opinião é válida desde que bem argumentada...e desde que essa opinião seja contraria à minha, e não um ataque pessoal à minha pessoa.
Costumo dizer que neste blogue está a melhor parte de mim, e é bem verdade! Pelo simples motivo que quando escrevo, sou eu mesma. Sem artifícios e sem marcaras. 
É a altura em que deixo a arte da representação cair no esquecimento e mostro uma parte de mim que poucos conhecem e que raramente partilho.
Termino este post com uma frase de uma amiga de longa data: " Conhecer a Sininho não é conviver com ela diariamente, mas principalmente lê-la"

Até Breve**

P.S. A todas as pessoas crescidas que acompanham o blogue, muito obrigada pelos comentários, pelo carinho ou por simplesmente cá passarem!  Este é o meu mundo, mas não faria sentido sem vocês nele!