terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Telegrama de Never Land

Saudações de Never Land!
Comunicado à população terrestre:
Este blogue vai tirar uns dias de ferias!
Regresso agendado para: Janeiro de 2009!!
Feliz Natal a todos os que visitam o meu mundo de sonho e fantasia!


( Imagem retirada de www.olhares.com/ToPrazeres)

Até Breve!
Sininho

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

" My way"



Hoje acordei pensando em ti, já la vão quase 5 meses e eu continuo sem acreditar que te foste embora. Deixaste-me sozinha sem sequer um beijinho de despedida.

Porque não me avisaste que aquela seria a ultima vez que te veria? estava tão preocupada com outras coisa, coisas tão insignificantes, que nem me lembro se me despedi de ti nesse dia.
Ouço que o tempo é o melhor remédio, pois eu neste momento, prefiro morrer envenenada, porque de remédio não tem nada.
Usa a saudade como uma arma mortífera, que sufoca-me lentamente e num humor sádico e masoquista, vai-me roubando a única coisa que ainda resta-me de ti.
Podes acreditar, Anjinho, todos os dias, tenta roubar-me algo que não lhe pertence, algo que era só nosso, algo que agora, é só meu.
Já não te chega teres levado o meu anjo para longe de mim, porque teimas em levar também as minhas lembranças?!
Das-te conta, oh meu malfada inimigo, o quanto custa não recordar o som do riso do meu anjo, o esforço que faço para recordar o som da sua voz?!
É este o remédio que tens para mim? dares-me uma colher de tortura todos os dias?
Morte, pede ao Tempo, para que deixe-me guardar as lembranças, daquela parte de mim, que Tu tão inesperadamente levaste contigo...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Igualdade de direitos

Este meu novo post, é sobre um assunto da actualidade. Assunto esse, que esteve em apreciação recentemente no parlamento.
Falo-vos do projecto de lei proposto pelos Verdes e pelo Bloco de Esquerda, sobre o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. ( Sim Cristiano Moreira...eu além de escrever como tu dizes sobre livros, filmes, musicas, também escrevo sobre actualidades. Especialmente quando é um tema que me causa alguma espécie...ou quando sinto-me provocada pelos teus post, http://oolhovivo.blogspot.com).
Admito, que esta discussão, talvez não surgiu no momento mais oportuno. Sobretudo por estarmos a ultrapassar uma crise, com tantos problemas graves e urgentes para resolver na sociedade portuguesa.
Todavia, a rejeição desta proposta, apesar de não ter sido uma surpresa para mim, não deixo de me entristecer com esta decisão.
Ninguém escolhe ser homossexual, nasce-se homossexual! Se vivemos em democracia, é justo que se descrimine uma pessoa, por causa das suas tendências, das sua opções sexuais? Não! Como cidadãos que são, ninguém tem o direito de lhes negar a figura jurídica a que todos temos direito: o contrato de casamento. Somos um povo cheio de preconceitos...que até me repugna!
Eu sempre fui e continuarei a ser, uma defensora da igualdade e da liberdade. Sinceramente acho que nem se colocar esta questão, há muito que já devia estar resolvida.
É tempo de mudar mentalidades, com o intuito de alterar posturas. É necessário consciencializar-mos-nos de que os tempos evoluem e com eles é fundamental a aceitação da mudança e da diferença.
Para mim, o grande problema desta questao, reside no facto desta situação, nunca ter sido encarada com respeito e a importancia merecida. Estando na base da solução deste assunto, a aceitação para a sua resolução contudente.
Tenho-me perguntado, o que é que um casamento homossexual, vai afectar a vida de um heterossexual?
Deixo esta pergunta, a fim de ver se alguém me consegue responder.
Aguardo o dia, em que todos somos tratados como iguais, apesar de todos diferentes! É uma utopia...eu sei, mas também para quem se recusa a crescer, anseia encontrar o caminho para Never Land, e se intitula de Sininho, que outra coisa se podia esperar?!

sábado, 11 de outubro de 2008

Estupidez do Ano!

Depois da vinculação das universidades portuguesas ao processo de Bolonha, aparece uma nova estupidez. Ao contrario da primeira, que considero ser a pior coisinha que os nossos governantes podiam-se ter lembrado, esta leva o galardão de estupidez do Século!
Recuso-me a escrever dessa "nova" maneira que é totalmente descabida e que só serve para matar o meu idioma.
Não sou adversa a mudanças, e como é evidente, estas acabam por acontecer também na nossa língua, de forma espontânea com o passar do tempo.
Todavia, esta é uma mudança imposta com uma vertente substancialmente económica, forçada por uma sociedade cada vez mais obcecada pela globalização, o que não me incomodaria, se não fosse à custa da cultura, do nosso passado e identidade.
Considero que a língua e a literatura de um povo, são a sua Historia, algo que nos caracteriza e individualiza enquanto País.
Revolta-me estarmos a nos tornar um povo que menospreza, um dos nossos maiores símbolos, que tanto orgulho e projecção internacional tem nos dado. Sendo a 3.º língua mais falada no mundo, depois do Espanhol e do Inglês.
Desconfio que a esta hora, Fernando Pessoa e outros grandes génios das letras nacionais, devem estar a dar voltas nos túmulos!
É impossível afirmar que não há com mais esta mudança, uma perda parcial da nossa identidade.
Li algures que Einstein teria dito que há duas coisas que são infinitas, o universo e a estupidez Humana...é caso para dizer, que existem verdades que são eternas!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Inês Pedrosa - "Fazes-me Falta"


Tenho uma nova sugestão literária para vocês. Acabei de ler à pouco tempo, o livro Fazes-me Falta de Inês Pedrosa.
Desta vez, não vos vou descrever o livro, nem tentar explicar o porquê de este ser para mim, uma obra prima.
Não quero influenciar a vossa opinião sobre este livro, por isso deixo-vos algumas passagens que marcaram-me profundamente:

" Há palavras assim, que se dizem como calmante. Palavras usadas em série para nos impedir de pensar. O que existia, existe, entre nós, é uma ciência do desaparecimento. Comecei a desaparecer no dia em que os meus olhos se afundaram nos teus. Agora que os teus olhos se fecharam sei que não voltarás a devolver-me os meus."

" Por que vivemos como se o tempo nos pertencesse infinitamente, como se pudéssemos repetir tudo de novo, como se pudéssemos alguma coisa? "

" A tua alegria era um vírus incurável. Chamava-te Sininho porque, como a fada de Peter Pan, refilavas muito e espalhavas pó de ouro em tudo o que tocava."

" Preciso abraçar aquelas que um dia souberam ser amados por mim, todos os que se deixaram imaginar pelo precipício, criaturas fugitivas que me alongaram a sombra ao partir."

" Tanto que aspirei à transcendência - para quê, se nem a memoria da minha voz posso encostar ao ouvido daqueles que amei? "

" Há cem milhões de estrelas, só na nossa galaxia. E em todas elas o teu olhar existe, cintilação fria da mentira de mim. Quem sou eu, neste inferno deslumbrante preenchido pelo negro da tua ausência? "

" Não importa o que se ama. Importa a matéria desse amor. As sucessivas camadas de vida que se atiram para dentro desse amor. As palavras são só um princípio - nem sequer o princípio. Porque no amor os princípios, os meios, os fins sao apenas fragmentos de uma historia que continua para lá dela, antes e depois do sangue breve de uma vida. tudo serve a essa obesessão de verdade a que chamamos amor. O sujo, a luz, o áspero, o macio, a falha, a persistência. "

Recomento vivamente!
Até breve!





quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Palavras Tuas"

" Há uma tristeza latente no final de um dia, nas sombras que velozmente conquistam os espaços, na temperatura que desce tornando o ar mais pesado, nos cheiros, nos sons, na fina humidade que se deposita na pele. Há uma tristeza latente no final de um dia, como um livro que se fecha, uma vida que se encerra, sonhos que perderam o seu tempo. Há uma tristeza latente nas almas no final de um dia, pelo tempo decorrido, pelos destinos não cumpridos, por saber que este momento para sempre se extingue quando o sol tocar o mar..."

Não tenho por habito roubar palavras de outros, e quando o faço, é porque é algo que verdadeiramente toca-me de tal forma, que o desejo colocar no meu mundo, para o partilhar com todos vocês!
Estas palavras, são de um blogista que particularmente identifico-me muito, e que tenho o prazer de o ter na minha vida, como meu Amigo.
Possuidor de uma personalidade controversa e dotado de uma mente complexa, encara a vida de uma forma peculiar que sempre me fascinou.
Há muitas pessoas que aprendem com o passar do tempo, a brincar com as palavras, e que o fazem de forma brilhante, escrevendo coisas realmente muito boas.
Mas poucos nascem com o verdadeiro Dom de juntar letras, formando palavras que compõe frases, com esta aparente simplicidade, que de simples tem apenas isso, aparência!

http://existevidaparaalemdodireito.blogspot.com

Prazer de escrever, Prazer de ser lida

Estou de regresso ao universo da escrita. Na verdade, acho que nunca dele me afastei, pois não é algo que faça simplesmente porque gosto, é uma necessidade, uma paixão inexplicável.
Toda a arte, nasce da vontade de exprimir o que nos vai na alma, o que sentimos, o que vemos, o que lemos, o que nos comove, inquieta ou apaixona.
Eu uso a palavra escrita para despejar tudo o que me vai na alma. A caneta e o papel, são muitas vezes os meus confidentes.
A escrita funciona como o expoente máximo para exprimir o meu verdadeiro eu, a forma como vejo o mundo e me relaciona com tudo o que me rodeia.
Não me lembro quando comecei a escrever, sei que desde sempre que o faço, mas só à pouco tempo comecei a ter prazer em ser lida.
Escrevo sobre questões e duvidas existenciais que muitas vezes não ouso dizer em voz alta. Desvendo através do silencio da palavra escrita, os mistérios da minha alma confusa e inquieta ou passo para o papel aquilo que me move e comove.
Faço-o com a mesma naturalidade com que respiro. Pego num pedaço de papel em branco e numa caneta e começo a sentir um formigueiro nas mãos, uma vontade de escrever mesmo sem ter nenhum tema em mente.
As palavras libertam-se como se tivessem vida, desejosas de ganhar forma.
Costumo escrever em qualquer momento, independentemente do meu estado de espírito. Todavia, são nos períodos em que sinto-me particularmente inquieta, incompreendida ou desfasada do resto do mundo que este gesto de criar palavras torna-se numa necessidade.
É a forma que tenho de expressar tudo o que a minha garganta sufoca. Talvez seja por isso que muitas pessoas que lidam comigo costumam dizer que " a verdadeira sininho é a que escreve, a que se revela com palavras, conhecer a sininho é lê-la nas entrelinhas das palavras que escreve"
Talvez seja verdade!
Até breve!


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

"Choco Telegrama"


Ola amigos!

Eu sei que ainda falta algum tempo para o Natal, e que o dia de S. Valentim, agora só para o ano, mas existe muitos outros motivos para oferecer presentes as pessoas que nos são especiais!
Já a uns tempos, através de um amigo, descobri o que para mim, é um dos presentes mais originais e doces que pode existir!
Quem me conhece, sabe que uma das coisas que me da mais prazer é fazer surpresas e oferecer prendinhas. Perco sempre muito tempo com isso, mas vale sempre a pena!
Por regra, gosto preferencialmente de oferecer presentes personalizados feitos por mim, e com um pouco de imaginação, conseguem-se coisas mesmo muito engraçadas, e incrivelmente em conta!
Esta sugestão que quero partilhar com vocês, chama-se "Choco Telegrama".
O Choco Telegrama, dá-nos a possibilidade, de oferecer a alguém, uma mensagem personalizada, em jeito de telegrama, sendo os caracteres desta mensagem, de chocolate!
"ChocoTelegram é feito com o melhor chocolate belga, absolutamente irresistível… numa cremosidade e intensidade únicas que, aliadas à emoção do com ele se pode “escrever”, fazem desta, uma oferta sempre muito, muito, especial…"
"Oferecer ChocoTelegram é dar algo único, de forma personalizada. É conferir o seu toque pessoal à sua oferta, que a pessoa a quem oferece, vai certamente sentir.
A unicidade de ChocoTelegram vem também da conjugação do efeito surpresa com toda a doçura que o melhor chocolate pode trazer."

Deixo-vos o site para que possam descobrir mais coisinha sobre esta forma de mostrar carinho por alguém, que sem duvida nenhuma, lhes vai deixar a boca bem doce!

www.chocotelegram.com.pt

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O mundo visto pelos teus olhos


Esta é uma das tuas fotos que eu mais gosto
Porque sempre que a vejo deixa-me com um sorriso nos lábios
Porque faz-me viajar pelo mundo dos sonhos e acreditar que tudo é possível
Porque demonstra a forma simples e complexa como viveste
Porque para ti, não existia limites, não existia impossíveis, nem restrições
Porque os extremos eram os teus estados preferidos
Porque eras um ser único, que marcavas todos aqueles que contigo se cruzaram
Porque eras um artista e as tuas fotos são a demonstração do teu talento
Porque conseguimos perceber "o teu mundo" através dos teus " clikes"
Porque simplesmente faz-me lembrar de ti!

Parabéns "Pauly"!
we will nerver forget you
See you soon sweety

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

"Back to real life"

Aqui estou eu, de regresso ao Porto!
Como todas as ferias, estas souberam a pouco. Foram apenas 3 semaninhas de descanso, mas foi maravilhoso voltar a casa depois de uma época de exames que quase acabou com a minha colecção de neurónios!

É difícil para mim por por palavras a sensação que sinto quando estou no avião, depois de 1hora e 40 minutos a sobrevoar mar, começar a senti-lo baixar para aterrar.
A emoção de estar tão perto, de começar a ver a minha terra aparecer iluminada por milhares de luzinhas é absolutamente indescritível!
Todavia, apesar de estar sempre desejando voltar para casa, os primeiros dias originam em mim uma mistura de sentimentos controversos.
Sinto-me durante um tempo, um pouco perdida, sem sentido de pertença, é como se vivesse duas vidas opostas, a do Porto e a que tenho na Madeira, a certa altura nem sei bem em qual delas me enquadro melhor.
É evidente que amo a minha ilha, é lá que tenho as coisas mais importantes da minha vida, a família, os amigos, uma vidinha descontraída junto de tudo daquilo que reconheço como meu.
Mas por outro lado, já é na minha casa do Porto que sinto-me verdadeiramente em casa, além de adorar a liberdade que aqui tenho.
No Porto sou independente, livre como um passarinho!

Para quem se habitua a se mandar, voltar para casa dos pais, a ter horas estipuladas e de alguma forma ter de prestar satisfações é muito complicado!
Não é que não tenha liberdade na Madeira, mas é uma liberdade diferente, condicionada.
Todavia, rapidamente chego a conclusão que mesmo tendo que "sacrificar" a minha liberdade, os miminhos da família, as tardes de café perdidas na "bilhardice" com a minha mãe, as constantes brincadeiras com o meu pai, os dias passados na praia a torrar ao sol, os encontros com os amigos de uma vida, sem sobra de duvida, compensam!

E por falar nos meus melhores amigos, estas ferias ferias foram riquinhas neste aspecto, conseguimos juntar o grupo como a muito não acontecia (só faltou mesmo foi a Carlinha, mas não foi esquecida!).
As nossas saídas a noite, são sempre memoráveis! Ainda estou para entender aquela noite em que fomos corridos do copa as 3:30 da manha e chegamos a casa as 7!!!!
A poncha e a amiga vodka ajudaram muito para animar as nossas noites, mas foi principalmente a companhia dos bebedolas de costume, que transformam estas saídas únicas!
Foi pouco tempo para fazer tudo o que eu queria, e estar com todas as pessoas com quem eu queria estar, mas de forma geral, até acho que consegui!
Guardo já muita saudade destes dias de diversão e loucura, dos velhos e dos novos amigos, daquela terra que faz bater o meu coração, mas principalmente da família, que são tudo para mim!
Não sei ainda como será a minha vida daqui para a frente, a única coisa que tenho certa neste momento, é ter duas cadeiras para fazer para acabar o meu curso...e por falar nisso, eu vou mas é estudar, que o sr. Meireis não perdoa, e bom o genérico não é melhor!
Até qualquer dia!

domingo, 3 de agosto de 2008

Pedaços meus que a vida roubou

Ontem deitei-me a pensar em ti
Foi com a tua lembrança que adormeci
Levei o teu rosto comigo para o mundo dos sonhos
E contigo hoje acordei
Senti a tua presença junto de mim,
O calor da tua mão no meu braço
Levantei-me esperando ver-te
Ansiando ouvir a tua voz
Procurei-te incessantemente
Mas encontrei o meu quarto vazio,
Tu la não estavas
A recordação da tua partida,
A consciência da realidade trouxe uma ansiedade que sufoca
Fecho os olhos e deixo-me embalar pela tristeza
Como é possível já cá não estares
Se consigo sentir-te ainda tão presente
E choro, choro de saudade
Agora a única coisa que me resta de ti
São lembranças, apenas lembranças.


(Foto retirada do site: http://olhares.aeiou.pt, autor: www.olhares.com/ksar)

terça-feira, 8 de julho de 2008

" O apelo da selva"

Já não escrevo a uns tempos, isto é reflexo de uma época de exames de loucos que me tem afastado do meu espacinho online, onde todos os meus "eus" se encontram, como de qualquer outra espécie de vida social!
Agora que a coisa acalmou um pouco, e que fui provocada por um amigo a dar vida ao meu blog, aqui estou a lhe infectar sangue novo!
Este mesmo amigo, que é um blogueiro bem mais disciplinado que eu, ao conversarmos disse-me que só escrevo sobre cultura, livros, cinema, musica e afins.
Nunca me tinha apercebido disso. De facto é uma área que me fascina.
E para não fugir a regra, este post é sobre um livro que se intitula "o apelo da selva" .

Escrito por uma mente brilhante, um visionário que andava muito a frente do seu tempo, e como todos os génios foi uma alma controversa e inquieta que foi extremamente incompreendida.
Falo-vos de Jack london, um escritor tremendamente talentoso, que convido a todos a descobrir a vida fantástica deste homem, que não se considerava escritor por gosto, mas escrevia porque lhe dava o suporte financeiro para realizar o genero de vida que este amava, que era descobrir o mundo!
Um curioso nato, que morreu cedo de mais, mas que nos deixou mais de 50 obras literarias maravilhosas.
Hoje vou-me deliciar a escrever sobre o apelo da selva.
Esta é uma obra espantosamente real, que me prendeu da primeira palavra à ultima. É uma historia apaixonante, mas dura e implacável.

De fácil leitura, consumi este pequeno livro em pouquíssimo tempo. Não sendo excessivamente descritivo, o escritor consegue de forma simples, despertar todos os nosso sentidos, fazendo-nos entrar na narrativa como se fossemos uma das suas personagens.
Como amante dos animais que sou, encontrei partes da historia de partir o coração, e que me custaram muito a ler.
Os constantes mãos tratos, que era sujeito ás mãos dos homens ( confesso que custa-me referir a estes seres abomináveis como homens, acho mais adequado o termo bestas da pior espécie! ), que lhe batiam e chicoteavam sem a menor piedade. É extremamente triste e revoltante.
London conta-nos assim a história deste animal, entrando na sua mente e transformando-o no narrador da sua própria história.
É fantástico apercebermos-nos que esta força indomável da natureza, que tinha todos os motivos para desistir, torna-se ao longo da narrativa, cada vez mais forte, tornado-se um líder feroz, prevalecendo sobre os homens e outros animais.
É na parte final deste livro, que "Buck" encontra a recompensa por todos os seus esforços e sacrifícios ao estabelecer com um homem, uma relação absolutamente ternurenta que cativou-me muito.
Todavia, como animal selvagem que é, é persistentemente tentado pelo apelo da selva, que o chama a voltar as suas origens e que só a lealdade que sente por este homem, o afasta do seu destino ou melhor adia este desfecho inevitável!
Recomendo fortemente a todos para se deliciarem com este livro, que todavia por ser muito antigo, é extremamente difícil de encontrar à venda nas lojas.
Arrisco-me a dizer que esta obra indescritivel é das melhores que já li até hoje. Não só por conhecermos a história deste animal contada como se o proprio fosse o narrador da mesma, o que só por si ja seria interessante, mas por todo a mensagem que London quis transmitir com esta história bela e poderosa mas também sombria sendo infinitamente real.

sábado, 7 de junho de 2008

Porque tiveste de partir assim?

Tristeza invadiu a minha vida...
Veio sem esperar...
Com ela trouxe uma dor sufocante...
O vazio tomou conta de mim...
Nem consigo processar que isto de facto aconteceu...

Porque tiveste de partir assim?

Continuo a espera de acordar e de isto ter sido tudo um terrível engano...
Uma piada de mau gosto...
Talvez de um ser superior que brinca com nossas vidas como se marionetas fossemos...
O choque começa a passar e com ele vem a consciência da realidade...
A minha cabeça esta a mil a hora e no entanto não consigo formular um pensamento coerente...
Isto é tudo tão surreal...
Não me apetece comunicar com o mundo...
Isolo-me no silencio do meu quarto...
Enquanto as lágrimas incessantes e descontroladas percorrem o meu rosto...
Nem me canso em as limpar, sei que muitas mais virão
Sao lágrimas de desespero, de tristeza...de dor...

Porque tiveste de partir assim?

Tanta vida que ficou ainda por viver...
Não consigo conceber a ideia de que não te voltarei a ver...
De não poder voltar a te abraçar e sentir o teu abraço forte de volta...
Não voltarei a ouvir o som da tua gargalhada...
Nem tu chamares-me de love
Não vou poder voltar a me sentar no teu colo
Nem poder "cuscar" contigo de tudo e de todos

Porque tiveste de partir assim?

Nao sou capaz de te dizer Adeus

“see you soon”

sexta-feira, 30 de maio de 2008

"Aldeia Global"

Globalização... uma palavras bonita, que para mim significa o mesmo que Aldeia global!
Pergunto-me o que estamos a fazer a este nosso mundo!
Se para alguns isto é um aspecto positivo de transformação e aproximação de todos os continentes, e não nego, que em algumas coisas até o seja positivo, todavia entendo que está a ser levando a proporções descabidas!
É em prol de um mundo mais unido e igual, que estamos progressivamente a perder a nossa Identidade.
As nossas culturas e costumes típicos que nos individualizam e caracterizam, e que fazem de nossos Países locais únicos, são já uma realidade que daqui a não muito tempo, constará do programa Canal História!
Isto, obviamente incomoda-me profundamente. Saber que as tradições dos povos estão a desaparecer, para emergir numa só cultura global, sem graça e sem cor, onde é tudo cada vez mais plástico!
Que graça tem um mundo sem diversidade?
Vou materializar isto que acabo de dizer, através de 2 exemplos, o novo acordo ortográfico da língua Portuguesa, que foi recentemente aprovado, é um deles!
Segundo ouvi, estas mudanças são para facilitar a compreensão e aproximação, entre os países de língua Portuguesa, o que faz-me alguma confusão, porque é por alguma motivo que a nossa língua se chama português e parece-me lógico, que se chama assim, porque este pequeno País se chama Portugal!
Agora vêm alguns quantos "especialistas" dizer que é melhor escrever ação em vez de acção, ou fato em vez de facto.
Se é para fazer um acordo ortográfico, devia ser baseado no que é falar e escrever bem português, não passar a "abrasileirar" a língua de Camões e Fernando Pessoa, que neste momento devem estar a dar voltas nos túmulos!!!
E é assim, que se esta a matar esta mui nobre língua, e tudo por um bem maior: GLOBALIZAÇÃO!
Mas isto não se passa só em Portugal, porque o próximo exemplo que vos quero referir é o concurso da eurovisão.
vamos a explorar a essência da palavra, porque as palavras existem para alguma coisa, ora bem, eurovisao, deveria querer significar, que se trata de um concurso onde os varios países da Europa, juntam-se a fim de concorrerem com musicas que identifiquem os seus próprios Países, que dêem a conhecer as suas próprias línguas, que é a característica mais marcante da identidade de um País, e dessa forma, mostrar um pouco da sua cultura.
Porém é novamente em prol de um mundo mais próximo, que para minha tristeza, vejo ganhar o cantor russo, Dima Bilan, com o tema "Believe", escrito pelo americano Timbaland.
O que me irritou, e não foi só o caso da Rússia, como de outros Países da Europa, terem cantado em Inglês. Este concurso, que até acho uma iniciativa cultural muito boa de "intercâmbio" entre os Países da Europa, tem progressivamente perdido a seu significado!!
Para mim, e a minha opinião vale o que vale, cada País deveria se apresentar na sua própria língua e de preferência, que os concorrentes fossem nacionais desses Países, ao contrario da cantora que representou a Grécia, e que por muito pouco não ganhou, além de ter cantado em inglês...é Americana, presumo que tenha uma dupla nacionalidade, visto que os pais, esses sim são gregos!
Vou-me ficar por este 2 simples exemplos, existem muitos mais onde este fenómeno de aldeia global ou corre"c"tamente falando, Globalização tem tido consequências mais graves, como a abertura das fronteiras europeias aos mercados mundiais...
Enfim, isto deprime-me!
Até qualquer dia!






domingo, 25 de maio de 2008

Baraka = Essência da vida

Andava à uns dias, à procura de um titulo para agarrar um tema sobre o qual, já a muito queria escrever.
Descobri este, num blog (http://coisasdecima.blogspot.com) de um ser muito especial, que tem uma alma inquieta como a minha.
Baraka, significa essência da vida, fôlego da vida. Este é um tema que alicia a minha curiosidade, e que ocupa muito tempo aos meus pensamentos.
Tenho-me perguntado desde sempre, qual o significado da minha existência?, o que nos motiva a viver e a continuar vivendo apesar de todas as pedrinha que a vida nos vai colocando no nosso caminho? Será que estamos confinados a uma vida pré-predestinada por algo superior que brinca com as nossas vidas como se de uma marioneta se tratasse? ou será que o nosso destino pode desenhado por nós?
Acredito que cada um de nós, em alguma fase ou circunstancia da nossa vida, quer de forma consciente ou não, questiona-se acerca disto, porque é através das respostas a estas perguntas, que orientamos a direcção que damos à nossa vida.
Já houve tempos em que acreditava que a essência da vida era o amor, hoje já não tenho tanta a certeza disso. É claro que o considero o tempero mais gostoso que a vida nos oferece, todavia pergunto-me se será suficientemente importante para o considerar a essência da vida?
O amor faz-nos voar, eleva os nossos sonhos a níveis nunca antes atingidos, é um amontoar de sentimentos e emoções que nos faz suspirar, ansiamos e esperamos que aquele amor pelo qual tanto procuramos possa nos preencher e dar sentido às nossas vidas.
Possivelmente para grande parte da humanidade, talvez seja a resposta, e não digo que talvez um dia não volte a ver isto como a minha realidade.
Porem, para a minha alma profundamente inquieta e insatisfeita, acredito que o amor é algo efémero, tal como todo o resto que temos na vida.
Sei que isto que acabo de dizer, pode chocar algumas pessoas.
Ouço frequentemente " falas assim porque ainda não encontraste aquela pessoa especial" e possivelmente tem muita verdade nisso, porém para mim isto é elementar, se pensarmos na nossa própria existência, nós nascemos, crescemos e mais cedo ou mais tarde morremos.
Este é um facto por todos aceite, então porque acreditar que o amor é diferente?
Vivo em constantes crises existenciais, talvez porque por muito que pense nisto não consigo descobrir as respostas certas para estas perguntas.
Já pensei também que o catalisador da minha vida era a minha carreira, a realização profissional, a busca de uma situação económica confortável que me proporcionasse todas as coisas boas que a vida tem para oferecer. Felizmente abandonei rapidamente esta ideia, chegado a feliz conclusão que o dinheiro não compra as melhores coisas da vida, não compra sentimentos nem emoções, não compra amigos verdadeiros e família, não compra a consciência tranquila, nem paz de espírito nem saúde e muito menos consegue-se comprar a vida ou a morte! Nao sou cínica a ponto de achar que vivia melhor sem dinheiro, gosto da sensação de segurança que ele me proporciona e todo o conforto que me da. Tenho perfeita noção que é uma grande ajuda na vida e que sem ele, hoje em dia, poucas coisas se pode fazer. Mas não o considero a essência da minha vida.
Pensado seriamente sobre o assunto, se tivesse que identificar o que neste momento da minha vida significa a essência da minha existência, seria a busca de uma figura utópica que todos nos a queremos alcançar.
A Felicidade. Considero-a utópica porque a ideia de uma vida feliz para mim não existe, o que existe sim são momentos de felicidade, que são todavia passageiros, mas que quando vividos intensamente, nos deixam um gostinho bom na boca e devemos saborea-los ao máximo porque este rapidamente vai desaparecer.
É porém a lembrança deste doce sabor, que nós nos levantamos perante as dificuldades e é pela esperança de o voltarmos a sentir que continuamos a viver.
É portanto esta a essência da minha vida, aproveito todas as migalhas de felicidade e momentos de plenitude que a vida me dá, e que a mim me satisfazem como nenhuma outra coisa satisfaz.
Não sei se esta é definitivamente a essência da minha existência, é possível que amanha, daqui a um mês, para o ano ou daqui a 5 mude de opinião, mas neste momento é o mais próximo que consigo chegar as respostas que procuro.


domingo, 11 de maio de 2008

O lado Selvagem " into the wild"


Tenho que partilhar com vocês um livro que acabei de ler, chama-se "O lado selvagem" de Jon Krakauer.
Um livro brilhante, que comoveu-me e prendeu-me ate à ultima folha. Um livro, que levou-me a estados de espírito controversos, que fez-me pensar na minha vida, na forma como a estou a viver, na sociedade que fazemos parte. Um aglomerado de folhas, que fez-me sonhar, que deu-me vontade de largar tudo e desaparecer por uns tempos.
Arrisco-me a dizer, que foi o livro que mais me marcou até hoje, o único que conseguiu sortir uma mudança na minha vida, na minha personalidade e mesmo na forma como me relaciono com as outras pessoas.
Não é um livro de auto-ajuda, nem uma historia criada do imaginário de Jon Kraukauer, é o relato do percurso de vida, ou melhor, da escolha de vida que Christopher McCandless fez. Que jovem absolutamente fanscinante, corajoso, extremamente inteligente, um visionario, que morreu cedo de mais.
Um jovem que abandona o mundo civilizado, depois de ter viajado sem destino pelo oeste americano, tenho como objectivo chegar ate ao Alasca, onde vive uma aventura que lhe retirará a vida. Mas que o preencherá como nenhuma outra.
Um espirito livre, que critica fortemente o consumismo, o conformismo, a aceitação do imediato, levada a cabo pela sociedade do mundo em que vivemos.
Ansia viver da forma simplificada ao extremo, sem complicações, nem invenções humanas e mundanas.
No tragico desfecho, Chis, chega a dolorosa conclusão, que " A felicidade só é real quando partilhada" todavia, já era tarde.
Deixo-vos uma das muitas frases deste livro, que marcou-me profundamente "Antes do Amor, do dinheiro, da fé, da fama, da lealdade...dá-me a verdade"

Para finalizar esta minha entrada, saliento, que saiu recentemente no cinema o filme "Into The Wild", baseado nesta obra, e na vida de Chistopher McCandless. Produzido por Sean Penn, tendo Emile Hirsh, como personagem principal.

Deixo-vos o trailer:


domingo, 27 de abril de 2008

Renascer das cinzas

Fénix, é uma ave mitológica fantástica, ela ao perceber que o seu ciclo de vida esta a terminar, aconchega-se num ninho de ervas aromáticas e através de sua própria energia interior, queima o seu corpo até restar apenas cinzas. Destas cinzas misturadas aos restos de ervas queimadas, renascerá outra ave semelhante à que se extinguiu, apenas renovada.
Durante nossa vida passamos por momentos que nos atingem profundamente, que acabam sendo verdadeiros marcos de mudança.
É assim que me sinto neste momento, sinto que me encontrei novamente. Isto só foi possível porque descobri onde me havia perdido, e o porquê de ter deixado de viver a vida a minha maneira, e a passar a vivê-la como os outros gostavam, passei a viver da forma que mais critico, sendo politicamente correcta.
Deixei de ser directa e frontal. Nunca fui pessoa de comer e calar, e quando não gostava de uma coisa nem disfarçava, não gostava e ponto.
Detesto seguir regra, padrões sociais e comportamentais. Sempre fui muito menina do meu nariz, dizia o que pensava mesmo quando era a única que pensava dessa forma. Afinal a minha opinião era tão valida como qualquer outra!
Nunca me considerei arrogante nem pretensiosa, mas sem duvida nenhuma era bem mais sincera do que sou hoje!
A verdade nunca me fez impressão, até perceber que esta incomodava muito a outros! Ouvi vezes sem conta a minha mãe me dizer: "o peixe morre pela boca", e é verdade.
É bem mais seguro ser politicamente correcta, aprendi com o tempo a engolir sapinhos, a comer e mesmo não gostando continuar a fazê-lo, deixei de emitir a minha opinião em muitas coisas, a me deixar guiar pela maioria, ou pelo mais correcto, mesmo quando não era o que eu acreditava!
Passei a fazer coisas que não me interessavam para nada só porque alguém me dizia que era assim que as coisas deviam ser feitas!
Hoje, mesmo quando não gosto de alguém, sou capaz de conviver com ela, de forma cordial, dando risadas e sorrisinhos quando muitas vezes só me apetece dar-lhe uns berros nos ouvidos.
Tornei-me uma pessoa dissimulada, a viver de forma superficial e sem duvida nenhuma bem mais infeliz.
A dias ouvi, que a isto se chama crescer!
Pois se isto é crescer eu não quero crescer, se isso implica ter de viver desta forma!
Esta crise existencial foi a melhor coisa que me aconteceu...aprecebi-me que me tinha transformado numa pessoa que nem reconheço.
Perdi a única coisa que nenhum ser humano pode perder, a sua identidade!
Neste momento o meu processo de metamorfose esta apenas a começar, mas de uma coisa tenho a certeza muita coisa vai mudar ou pelo menos, voltar ao que era!
Tomei as rédeas da minha vida, e isso significa vivê-la ao meu jeito e não da forma como os outros gostariam, nem me escondendo por detrás de protocolos sociais e comportamentos politicamente correctos!
Neste momento, renasci das cinzas, e tal como a fénix renascida, ainda me sinto pequena e insegura mas rapidamente voltarei a esticar as minhas asas fortes e voltar a voar livremente!





sábado, 26 de abril de 2008

Metamorfose

" Hoje o céu sorriu para mim!
Levantei a cabeça

Deixei a luz entrar sem pudor algum.

Hoje deixei a chuva cair,

lavar os meus pecados,

tirar esta roupa imunda...

Fazer um todo dos pedaços.

Hoje senti a tua mão no meu rosto

O brilho no canto do olho.

Recuperei a alegria de viver,

de me sentir triste e um estorvo.

Hoje descobri que tinha asas,

que conseguia voar...

Hoje sei que sou livre

que nada me irá magoar.

Hoje completei a minha metarmofose.

E tu, já acabaste a tua?"

António Lopes

Um miminho que uma das minha joinhas fez para mim.... Adorei...mesmo muito!
Ainda não acabei a minha metamorfose, mas uma nova vida começa a renascer dentro de mim!
E espero, tal como tu conseguiste, recuperar a minha alegria, voltar a sentir-me livre e conseguir voar!

sábado, 19 de abril de 2008

"Politicamente correcto e a arte do eufemismo "

" O politicamente correcto visa erradicar expressões pejorativas, discriminatórias, sexistas e racistas do discurso do quotidiano. O objectivo é adoptar um discurso único, consensual, que não fira a susceptibilidade de ninguém levando ao desaparecimento de conflitos sociais. Para tal, usa de forma criativa o eufemismo.
O problema é que o politicamente correcto cria terminologias artificiais e ridículas que, com o uso, adquirem elas mesmas uma conotação negativa, actua como camuflagem em relação aos problemas de discriminação e intolerância, que permanecem, em vez de combater as suas causas.
Censura-se a linguagem, limita-se a liberdade de expressão, mas não se muda o que necessita ser mudado: a mentalidade. Trata-se simplesmente de exercício de cosmética linguística"

Adorei este texto que li num blog, onde discutia-se a essência do significado de ser politicamente correcto.
Eu pessoalmente nunca me considerei uma pessoa muito politicamente correcta, porque entendo que este comportamento implica que as pessoas se comportem e pensem de acordo com as "regras" impostas por uma sociedade, por uma ideologia dominante, que por vezes a meu ver acaba sendo sufocante!
Ser politicamente Correcto, no meu modesto entendimento, significa uma pessoa que usa o eufemismo para dizer as mesmas coisas, que os politicamente incorrectos, só que de uma forma diferente!
Mas isto inquieta-me porque vejamos, não sou racista, considero o mundo bem mais interessante quanto mais colorido e diversificado for, então porque não chamar as coisas pelos nomes, se eu sou de pele branca, considero-me branca, mas para o politicamente correcto deveria me denominar de caucasiana. Mas nunca me fez impressão que me chamassem de branca, se é de facto a minha cor de pele! então porque cresci ouvindo, não se diz preto, é negro que se utiliza para denominar uma pessoa de cor escura.
Para mim a essência da questão não está no termo que se usa para denominar determinada coisa, mas sim na entoação que se dá a palavras quando a dizemos.
Então em vez de mudarmos palavras tornando-as mais politicamente correctas, porque não tentamos mudar de mentalidade?! Isso sim seria a meu ver, um passo definitivamente correcto!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Apatia

Desde sempre que utilizo a escrita para expressar tudo o que transborda dentro de mim, quer sejam sonhos, fantasias ou devaneios, quer sejam frustrações ou caos de emoções.
Escrevo porque tenho dificuldade em falar sobre mim, sobre os meus problemas e inquietações.
Talvez porque ao falar, significa ter que encarar as coisas, torna tudo demasiado real.
Significa ter que admitir pelo som da minha voz, coisas que prefiro esquecer, ou fingir que as esqueci, tento ignora-las com a esperança que assim elas desapareçam, na verdade, tento nem sequer me lembrar que elas existem.
E levanto-me todos os dias com a sen
sação fictícia de que tudo esta bem, sorrio para o mundo, aparento sempre boa disposição e quando me perguntam como estou, a minha resposta típica é que estou óptima!
Poucas pessoas apercebem-se de que quando digo que estou óptima que estou a mentir, e que a minha personalidade alegre, de bem com a vida, as vezes é so uma forma de enganar o meu real estado de espírito.
Ando numa crise existencial e as minhas recentes entradas no blog sao o resultado disso! Poderia dizer que estou numa fase de metamorfose, de transformação e possivelmente para ai caminha, mas primeiro tenho que me encontrar, porque a sensação que tenho é que a certa altura da minha vi
da, perdi-me de mim mesma e de tudo o que é essencial.
Passei nem sei explicar como a viver de forma superficial, deixei de lutar pelo que eu queria da vida, o tempo foi passando e eu acostumei-me a esta apatia.
Neste momento, tenho noção de que estou a esbanjar o meu tempo e que preciso de retomar as rédeas da minha vida, todavia não sei como fugir desde desânimo que me encontro ultimamente.
Sinto-me bloqueada e esta sensação de impotência e passividade desgasta-me.
Preciso que algum anjo aquiete a minha alma confusa, que segure a mão e fique ao meu lado me sussurrando ao ouvido, que tudo vai melhorar! Um anjo que me abrace com seus braços fortes e que neles me deixa descansar...nem que seja só um pouquinho.



segunda-feira, 7 de abril de 2008

Mudanças


Existem coisas que nos fazem de facto pensar, ainda a dias andava eléctrica por ser Natal e agora já regressei das férias da Pascoa!! O tempo passa com uma velocidade que nem damos por ele.
Neste momento, já só consigo pensar na queima, que é já para o mês que vem! É uma semana pela qual, a maior parte da massa estudantil espera o ano todo!
Todavia, esta será uma semana especial para mim e para os meus colegas de faculdade, com os quais fui caloira e com os quais, vou cartolar!!!
Acho que ainda nem cai em mim que vou acabar o curso este ano...espero pelo menos, já vi as coisas mais favoráveis!!!!!! Nem das consequências que daí advem!
Passaram 4 anos, e no entanto, continuo a ter ainda muito presente a lembrança de andar preocupada com a média, e com exames nacionais para entrar na faculdade! Do entusiasmo que esta nova etapa me provocava e do "terror" que sentia pelo desconhecido que me esperava!
Entrar na faculdade, foi um passo gigantesco que dei na minha auto construção, que contribuiu acima de tudo para crescer enquanto pessoa e afirmar da minha autonomia.
Foi uma época complicada para alguém, como eu, que não gosta de mudanças, e que tem um pouco de medo de arriscar, talvez porque o desconhecido assusta-me muito. Mas foi também uma época em que me vi obrigada a testar as minhas capacidades e em que pus as minhas limitações a prova!
Não mudei de País, mas atravessei um bocadinho do Atlântico!
Muitas vezes durante estes anos, tive de facto a sensação que tinha emigrado, não estou com isto a dizer que o Porto seja melhor ou pior que a Madeira, nem me interessa entra por esta questão. Quero apenas com isto dizer que as diferenças entre "o meu mundo" e esta nova realidade eram tantas que mais parecíamos de países diferentes!
As diferenças culturais, sociais e até linguísticas, foram das coisas mais interessantes que me deparei! E comparar as realidades de uma e outra localidade passou a ser um divertimento tanto para mim, como para os meus amigos "continentais" aos quais acabei "ensinando" expressões e costumes típicos madeirenses e vice-versa, num género de "intercâmbio social"!!!
Porém, talvez a mudança mais importante para mim nesta fase, foi, e passo a expressão, o "corte do cordão umbilical" . "
Saí de casa dos meus pais, passei a viver sozinha num apartamento, a ter que cuidar da minha casa e tudo o que isso implicava ( como ter k cozinhar, se queria comer, ter que fazer limpezas, fazer compras de super mercado, pagar contas etc). Aprender a gerir o meu dinheiro e a fazê-lo render. Todavia, contei com uma preciosa ajuda, a da minha irmã, que já cá estava e com a qual divido não só a casa, como também tudo o resto! Ela acabou trilhando o caminho para eu passar, o que facilitou muito a minha adaptação!
Passados 4 anos, chego a conclusão, que os meus receios sobre esta nova etapa eram infundáveis, e que foi das melhores coisas que me podia ter acontecido.
Apercebi-me que sou mais forte e autónoma do que pensava, que o desconhecido não é assim tão mau, e que acima de tudo vale sempre a pena arriscar!
As saudades dos pais, que são os meus alicerces, da família que teve sempre presente me apoiando, dos amigos de uma vida, que sao insubstituíveis, e da terra que me viu nascer e crescer, que adoro e nutro um orgulho enorme, essas continuam e vão continuar sempre. E é por estas que tenho sempre vontade de regressar!

domingo, 23 de março de 2008

Desilusões


Este é um sentimento que apesar de não ser totalmente estranho para mim, nesta ultima semana fez-se sentir com alguma persistência na minha vida. Detesto como ele me faz sentir, torno-me numa pessoa que não sou.
Ando introspectiva, calada, triste, sem grande vontade de socializar, sair e me divertir...apetece-me simplesmente estar quieta no meu canto, com os meu mp3 ligado. Tentado esvaziar a minha mente, pensar em tudo e ao mesmo tempo no nada.
No fundo, o que me aborrece mais, é que sei que a culpa por estar assim é minha.
Crio sempre demasiadas expectativas nas pessoas, sobretudo se estas são especiais para mim. E mais uma vez, desiludi-me!
Tenho-me perguntado ultimamente, como é possível ainda não ter aprendido?!
Costuma-se dizer que nós aprendemos com os nossos próprios erros, "batendo com a cabeça na parede"...
Pois eu devo ter uma certa tendência para o masoquismo...dado que a minha parede já tem buraco...o mais irónico, é que eu continuo fazendo o mesmo.
Não sei viver de outra forma, na verdade nem sei se seria feliz vivendo de outra forma.
Passo a explicar qual é o problema, não me dou facilmente as pessoas, demoro a confiar nos outros, não gosto de pensar que sou desconfiada, mas a vide fez-me cautelosa. Tenho uma enorme dificuldade em demonstrar os meus verdadeiros sentimentos e emoções...e como tal costumo ser irónica e sarcástica (qto baste.) muitas vezes para esconder o que sinto! é uma atitude defensiva, eu sei, mas faço-o desde sempre... vicio de anteriores batalhas!
Mas quando alguém consegue abrir a concha onde me escondo, e pacientemente chega-me ao coração... mudo completamente, dou-me sem limites, com uma inocência quase infantil.
Acabo perdendo a racionalidade que normalmente me caracteriza. Dou-me de coração aberto, sem cautelas pondo a maior parte das vezes os interesses dessas pessoas sobre os meus...
O problema é que eu espero ser retribuída da mesma forma, espero que se dêem como eu me dou. Asneira.
Não acho que tenha que mudar a forma como encaro as minhas relações e como me entrego as pessoas que se tornam especiais para mim, gosto de ser assim!
O que tenho que aprender, é que cada um da aquilo que pode, e o que para mim parece insuficiente, para elas já pode ser muito. O erro está no facto de eu esperar que os outros se dêem com a mesma entrega que eu...
Definitivamente, o que tenho que rapidamente aprender, é que quanto mais nos iludimos com determinada pessoa, ou situação, maior se torna a desilusão.
O mais certo é não esperar nada em troca, não criar expectativas, deixar de fantasiar e de me iludir...e simplesmente aceitar cada gesto, cada palavra, cada sorriso, cada telefonema ou mensagem como uma dádiva! E valorizar os pequenos gestos, as mais insignificantes demonstrações de carinho e aprender que devo apreciar, não aquilo que eu esperava que eles fizessem e não fizeram, mas simplesmente aproveitar a simplicidade de cada momento que passamos juntos!
Será que é desta que aprendo isto?!

sábado, 22 de março de 2008

Lost



Hoje não me sinto nos meus melhores dias, na verdade, não é só hoje. Este é um sentimento que me tem acompanhado nos últimos tempos!
Ando descontente e não sei porquê, ou se calhar até sei e não quero admitir.
Sinto-me cansada...a sensação que tenho, é que estou sempre a lutar contra algo, como se me tivesse metido dentro de uma concha, e só deixe sair uma parte de mim, na realidade todo o meu verdadeiro eu fica la dentro fechado. De vez em quando, a concha abre-se e deixo de ter a minha protecção, aí torno-me frágil e vulnerável e sou obrigada a encarar realidade exactamente como ela é!
A verdade é que nem eu sei porque me escondo dentro desta concha, porque tenho esta necessidade de me proteger, de dar a conhecer aos outros apenas aquilo que me interessa e de esconder talvez o que de melhor eu sou...
Quando olho para a minha vida até sinto-me ridícula por me sentir assim, tenho tudo para me sentir feliz, uma família maravilhosa, um grupo de amigos que são eternos, tenho saúde, estou num curso que escolhi por vocação, nunca soube o que é ter dificuldades financeiras (graças aos meus pais) e tenho tido uma vida boa e confortável. E no entanto tenho a sensação que esta felicidade que normalmente faço transparecer, não é verdadeira. É como se todas estas prendas que a vida tem me dado, não me preenchessem .
Continuo a me sentir incompleta, vazia...
As vezes sinto que estou sentada dentro de um comboio e fico parada a olhar para a paisagem la fora, só que em vez de ver campos verdes, montanhas, rios, pequenas casas, ou grandes cidade, vejo a minha vida a ir passando. Capitulo por capitulo e eu continuo sentada a vê-la passar por mim.
É assim que me sinto ultimamente, vivendo ao sabor do vento... vivendo por viver...



sábado, 8 de março de 2008

Charles Chaplin


" Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E então, pude relaxar. Hoje sei que isto tem nome...Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades. Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de...Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situaçao, ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso...é Respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo o que não fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De inicio a minha razão chamou esta atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama...Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de futuro. Hoje faço o que esta certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é...Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muito menos vezes.
Hoje descobri a...Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora mantenho-me no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar, mas quando a coloco ao serviço do meu coraçao, ela torna-se uma grande e valiosa aliada.
Tudo isto é...Saber Viver! "


terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Desespero de te perder

    Hoje escrevo com a mão trémula.
    Olhos rasos de lágrimas,
    Coração apertado,
    Alma confusa e perdida,
    Sem rumo, sem pensamento coerente.

    É um tormento este desespero,
    Desespero de te perder.
    Num instante e tudo muda.
    Há tanta vida ainda por viver,
    Tanta coisa ainda por dizer.

    Impaciente me sinto.
    Sentes a minha dor?
    Não consigo segurar a tua mão,
    Para aliviar o teu sofrimento.
    Não sei como isto foi acontecer.

    Permaneço triste e agoniada.
    Impedida de te ver e ouvir.
    O relógio esta contra mim...
    Esta espera...
    Esta espera acaba comigo.

    Suplico-te:
    Não desistas de nós.
    Acalma a minha alma inquieta.
    Se me abandonas, eu perco-me...
    Responde a minha suplica.

    Sei que me ouves,
    Preciso tanto de ti…
    Sofro por saber que estas a sofrer,
    Sofro por estar ausente,
    Sinto-me impotente.

    Preciso abraçar-te, ouvir a tua voz.
    Não te posso perder,
    Nem imagino os meus dias sem ti,
    Promete-me que vais fica bom,
    Diz-me que vais voltar a sorrir...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A vida é mesmo assim

"A vida é feita de mentes brilhantes
Que quase sempre acabam em estantes
Todos queremos lutar e vencer
É duro entrar numa batalha pra perder
Nenhum guerreiro consegue vencer sempre
Che Guevara venceu, mas não deixou descendente
Pessoas morrem à fome
Enquanto outras constroem um nome
Há gente que não tem pai nem mãe
Há quem olhe pro espelho e não veja ninguém
Há quem lute na vida pra ter um Porsche Carrera
Há quem lute na vida pra fechar uma cratera
Uma cratera nascida e criada num coração
Num coração gelado pela força da solidão
Há pessoas que só querem dinheiro e fama
No entanto há outros que só queriam acordar numa cama
Pais pensam em dar aos filhos dinheiro e uma boa escola
Outros acordam-nos e mandam-nos pedir esmola
Vida não tem só uma definição
Vida varia de coração pra coração
Homens acordam e vivem ansiando a morte
Olham pro horizonte e não sabem onde fica o norte
O sol bate-lhes na cara e fá-los suar
A vida bate-lhes no peito e fá-los chorar
Outros há que acordam em lençóis de seda
Banham mulheres em ouro tal qual uma princesa
Robin Wood roubava aos ricos pra dar aos pobres
Hoje os ricos roubam e são apelidados de nobres
Homens de dinheiro pisam corações e sentimentos
Corações pobres que soltam gritos estridentes
A vida já me disse e convenceu
A única pessoa justa que cá andou ... morreu
Esteve cá pouco tempo e foi crucificado
Tentou ser justo e acabou apedrejado"


Da autoria um amigo, que generosamente me cedeu, obrigado Cristiano Moreira

http://oolhovivo.blogspot.com/


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O meu blog

Este blog foi criado devido ao incentivo de muitos e queridos amigos. É um blog sobre mim e sobre eles. Um blog igual a tantos outros que transformam pensamentos e inquietações em palavras, a diferença é que este é meu e nele tenho liberdade de divagar sobre diversificados temas que me interessam, este é sobretudo um blog de emoções e sentimentos! Não o transformarei num blog lamechas prometo!
Espero que todos os que visitem este espacinho de uma desocupada que numa noite entediante no sofá decidiu criar, gostem...apesar de sinceramente não estar muito preocupada com isso.
principalmente espero que se divirtam!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Imortalidade dos amigos

" A morte é apenas uma travessia do mundo, como os amigos atravessam os mares. continuam a viver uns nos outros, pois não podem deixar de estar presentes, para que amem e vivam no que é omnipresente- Neste espelho divino, vêem-se face a face e a sua conversa é livre, para além de pura. É este o consolo dos amigos: embora sejam mortais, a sua amizade e companhia estão todavia, no melhor dos sentidos, sempre presentes. porque imortais"


William Penn

Quis que a minha 1.º entrada neste blog fosse este pequeno texto à qual intitulei de imortalidade dos amigos. Não é da minha autoria, como é evidente, a minha capacidade literária é bem mais limitada!
Muitos tentaram ate hoje definir o que é o Amor, pessoas eloquentes, poetas, grandes pensadores...confesso que nem me atrevo a tentar defini-lo, ate porque por muita força que tenham as palavras, existe coisas em que apenas se consegue sentir.
Todavia, neste pequeno texto, não sei se o autor conseguiu definir o Amor ou não, mas a meu ver, sem duvida conseguiu definir a Amizade.
Define em poucas frases uma das coisas mais maravilhosas da vida, os Amigos. Ao considerar esta ligação tão poderosa que até supera a morte , tornando o "Amor" que os Amigos sentem uns pelos outros sempre presente e desta forma imortal.
É por tudo isto, que considero estas palavras uma declaração inequivoca de Amor, e é por isso também, que dedico cada palavra a todas aquelas dádivas que fazem parte da minha vida e que comigo "atravessam os mares" e que em mim permanecem "nos melhores dos sentidos, sempre presentes, porque imortais"