segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sejamos um Todo

Meus amigos,

Este post será uma breve reflexão sobre a intempérie que se abateu sobre a Madeira este fim de semana.
Primeiro e acima de qualquer coisa do que aqui ficar escrito, agradecer a todas as pessoas, amigos e conhecidos, que ao terem conhecimento desta tragédia, preocuparam-se em saber do bem estar da minha família e amigos que se encontram na Madeira. 
Obrigada pela força e solidariedade que tem manifestado.
Posto isto, expressar que esta desgraça não bateu directamente à minha porta mas o meu coração e orações estão neste momento com todos aqueles que não tiveram a mesma sorte.
A verdade é que tudo isto que aconteceu arrasou-me completamente. Não só porque foi na Madeira, mas especialmente porque tocou de forma devastadora na minha cidade. 
Ver as imagens do meu Funchal naquele estado desolador, as dezenas de mortes e a enorme desvastação tem sido uma realidade dolorosa de ultrapassar.
Dizer-vos também, que neste momento a Madeira precisa da ajuda de Todos. O grau de destruição é de tal forma elevado que este Todo tem de representar o sentido mais amplo possível da palavra. 
Apesar da prontidão e boa vontade do Governo da República, Portugal sozinho não tem capacidade para fazer frente a esta calamidade. 
Ainda neste ponto, tenho ouvido críticas ao pedido do Presidente do Governo Regional para não se dramatizar para fora, o que para mim faz todo o sentido. 
A madeira vive do turismo e para o turismo, sendo a nossa maior fonte de subsistência. 
É claro que é preocupação de Alberto João Jardim devolver à Madeira e ao seu povo a normalidade o mais rápido possível, mas não pode deixar de se preocupar com uma eventual quebra do turismo na região. A longo prazo, uma realidade destas poderá originar problemas bem maiores e gravosos do que os actuais. 
Quero por fim terminar este post agradecendo a todas as pessoas que estão na medida das suas posses a enviar ajuda para socorrer os madeirenses.
Neste momento, não é altura para perder tempo a apontar o dedo a este ou aquele. Utilizem os mesmos mas para ajudar. 
Referir por último que acho vergonhoso aproveitar esta desgraça e fomentar "crelas" politicas. O exemplo do Primeiro Ministro e do Presidente do Governo Regional é o exemplo claro de solidariedade e união que neste momento é necessário por parte de todos. 

Até breve*

Sandra Silva