Desde sempre que utilizo a escrita para expressar tudo o que transborda dentro de mim, quer sejam sonhos, fantasias ou devaneios, quer sejam frustrações ou caos de emoções.
Escrevo porque tenho dificuldade em falar sobre mim, sobre os meus problemas e inquietações.
Talvez porque ao falar, significa ter que encarar as coisas, torna tudo demasiado real.
Significa ter que admitir pelo som da minha voz, coisas que prefiro esquecer, ou fingir que as esqueci, tento ignora-las com a esperança que assim elas desapareçam, na verdade, tento nem sequer me lembrar que elas existem.
E levanto-me todos os dias com a sensação fictícia de que tudo esta bem, sorrio para o mundo, aparento sempre boa disposição e quando me perguntam como estou, a minha resposta típica é que estou óptima!
Poucas pessoas apercebem-se de que quando digo que estou óptima que estou a mentir, e que a minha personalidade alegre, de bem com a vida, as vezes é so uma forma de enganar o meu real estado de espírito.
Ando numa crise existencial e as minhas recentes entradas no blog sao o resultado disso! Poderia dizer que estou numa fase de metamorfose, de transformação e possivelmente para ai caminha, mas primeiro tenho que me encontrar, porque a sensação que tenho é que a certa altura da minha vida, perdi-me de mim mesma e de tudo o que é essencial.
Passei nem sei explicar como a viver de forma superficial, deixei de lutar pelo que eu queria da vida, o tempo foi passando e eu acostumei-me a esta apatia.
Neste momento, tenho noção de que estou a esbanjar o meu tempo e que preciso de retomar as rédeas da minha vida, todavia não sei como fugir desde desânimo que me encontro ultimamente.
Sinto-me bloqueada e esta sensação de impotência e passividade desgasta-me.
Preciso que algum anjo aquiete a minha alma confusa, que segure a mão e fique ao meu lado me sussurrando ao ouvido, que tudo vai melhorar! Um anjo que me abrace com seus braços fortes e que neles me deixa descansar...nem que seja só um pouquinho.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Apatia
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