domingo, 25 de maio de 2008

Baraka = Essência da vida

Andava à uns dias, à procura de um titulo para agarrar um tema sobre o qual, já a muito queria escrever.
Descobri este, num blog (http://coisasdecima.blogspot.com) de um ser muito especial, que tem uma alma inquieta como a minha.
Baraka, significa essência da vida, fôlego da vida. Este é um tema que alicia a minha curiosidade, e que ocupa muito tempo aos meus pensamentos.
Tenho-me perguntado desde sempre, qual o significado da minha existência?, o que nos motiva a viver e a continuar vivendo apesar de todas as pedrinha que a vida nos vai colocando no nosso caminho? Será que estamos confinados a uma vida pré-predestinada por algo superior que brinca com as nossas vidas como se de uma marioneta se tratasse? ou será que o nosso destino pode desenhado por nós?
Acredito que cada um de nós, em alguma fase ou circunstancia da nossa vida, quer de forma consciente ou não, questiona-se acerca disto, porque é através das respostas a estas perguntas, que orientamos a direcção que damos à nossa vida.
Já houve tempos em que acreditava que a essência da vida era o amor, hoje já não tenho tanta a certeza disso. É claro que o considero o tempero mais gostoso que a vida nos oferece, todavia pergunto-me se será suficientemente importante para o considerar a essência da vida?
O amor faz-nos voar, eleva os nossos sonhos a níveis nunca antes atingidos, é um amontoar de sentimentos e emoções que nos faz suspirar, ansiamos e esperamos que aquele amor pelo qual tanto procuramos possa nos preencher e dar sentido às nossas vidas.
Possivelmente para grande parte da humanidade, talvez seja a resposta, e não digo que talvez um dia não volte a ver isto como a minha realidade.
Porem, para a minha alma profundamente inquieta e insatisfeita, acredito que o amor é algo efémero, tal como todo o resto que temos na vida.
Sei que isto que acabo de dizer, pode chocar algumas pessoas.
Ouço frequentemente " falas assim porque ainda não encontraste aquela pessoa especial" e possivelmente tem muita verdade nisso, porém para mim isto é elementar, se pensarmos na nossa própria existência, nós nascemos, crescemos e mais cedo ou mais tarde morremos.
Este é um facto por todos aceite, então porque acreditar que o amor é diferente?
Vivo em constantes crises existenciais, talvez porque por muito que pense nisto não consigo descobrir as respostas certas para estas perguntas.
Já pensei também que o catalisador da minha vida era a minha carreira, a realização profissional, a busca de uma situação económica confortável que me proporcionasse todas as coisas boas que a vida tem para oferecer. Felizmente abandonei rapidamente esta ideia, chegado a feliz conclusão que o dinheiro não compra as melhores coisas da vida, não compra sentimentos nem emoções, não compra amigos verdadeiros e família, não compra a consciência tranquila, nem paz de espírito nem saúde e muito menos consegue-se comprar a vida ou a morte! Nao sou cínica a ponto de achar que vivia melhor sem dinheiro, gosto da sensação de segurança que ele me proporciona e todo o conforto que me da. Tenho perfeita noção que é uma grande ajuda na vida e que sem ele, hoje em dia, poucas coisas se pode fazer. Mas não o considero a essência da minha vida.
Pensado seriamente sobre o assunto, se tivesse que identificar o que neste momento da minha vida significa a essência da minha existência, seria a busca de uma figura utópica que todos nos a queremos alcançar.
A Felicidade. Considero-a utópica porque a ideia de uma vida feliz para mim não existe, o que existe sim são momentos de felicidade, que são todavia passageiros, mas que quando vividos intensamente, nos deixam um gostinho bom na boca e devemos saborea-los ao máximo porque este rapidamente vai desaparecer.
É porém a lembrança deste doce sabor, que nós nos levantamos perante as dificuldades e é pela esperança de o voltarmos a sentir que continuamos a viver.
É portanto esta a essência da minha vida, aproveito todas as migalhas de felicidade e momentos de plenitude que a vida me dá, e que a mim me satisfazem como nenhuma outra coisa satisfaz.
Não sei se esta é definitivamente a essência da minha existência, é possível que amanha, daqui a um mês, para o ano ou daqui a 5 mude de opinião, mas neste momento é o mais próximo que consigo chegar as respostas que procuro.


3 comentários:

Anónimo disse...

Oi Sandrinha escritora e miga! =)
Tá muito porreiro o que escreveste, e tudo só tem significado quando o sentimos. Nunca tenhas receios de escrever, seja o que for.. tá em ti, e queres partilhar, partilha! Se A ou B vai ler e nao gostar, nao interessa. Has de enconrar Cs ou Ds que gostem, e quem gosta do que escreves, gosta de ti!
Beijo GRANDALHAO pa ti, e continua sempre. Nem que acaba a tinta do portatil =P

Anónimo disse...

Algo diz-me que também conheço essa alminha inquieta que tu falas no post! e nem precisei de ir ver o link do blog que referes...
Nao é que não tenha gostado do que escreveste, simplesmente há uma serie de coisas com as quais penso de forma mto diversa.
Faz-me alg espécie isso de a felicidade ser uma utopia... e nem queria acreditar quando vi que achavas o amor efémero!
E já agora...esse comentário ai em cima, ta como anónimo...Oh Rui"zinho", tens que aprender como se identificam os comentários(tou capaz de apostar que esse comentário é teu!)
beijo****************

Anónimo disse...

Adorei sandrinha!
dos teus melhores post sem duvida nenhuma!
tens uma forma de pensar absolutamente inacreditável para uma mocinha de 23 aninhos!
adoro o teu sentido critico, e a perspectiva como olha o para o mundo e vez tudo o que te rodeia!
beijaoooo